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Este blog tem o objetivo de publicar a produção de textos dos alunos das turmas de Laboratório de Jornalismo Impresso, PUC-Rio, 2012.2.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Falta acessibilidade nos aeroportos do Rio

Foto: Crefes/Divulgação


Elena Cruz 

Se preparar a cidade para os jogos olímpicos de 2016 já é um desafio, enfrentar as exigências para os jogos Paraolímpicos é um desafio ainda maior. Desde o desembarque na cidade os competidores especiais solicitam cuidados. Os dois aeroportos ,Tom Jobim e Santos Dumont, ainda não são acessíveis a deficientes físicos. Além disso, poderão ter problemas nas viagens nacionais, pois o número de cadeirantes por aeronave é de 50% dos tripulantes de cabine.

O cineasta e professor da PUC-Rio, Silvio Tendler, tem denunciado as as dificuldades que passou a enfrentar desde que se tornou cadeirante: a rampa do Santos Dumont que é inacessível por barreiras móveis, ali colocadas para impedir o estacionamento . Com isso, o deficiente é obrigado a parar bem à frente e voltar pela a rua, colocando em risco a sua segurança, até chegar a rampa novamente. No Tom Jobim ele já teve problemas com o elevador especial. Desde 2007 está em vigor uma resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que aponta soluções sobre o acesso ao transporte aéreo de passageiros com necessidade de assistência especial, buscando assegurar a esses passageiros o acesso adequado ao transporte aéreo. O superintendente de segurança operacional da Anac, David Neto, admite a necessidade de melhorias na acessibilidade dos aeroportos e pretende rever a resolução de 2007 para o Rio 2016. Já a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), divulgou um plano de ação que promete, até 2013, a instalação de equipamentos e serviços de acessibilidade nos 66 aeroportos administrados pela empresa. Porém afirma que as adaptações de suas instalações portuárias atendem a NormaNBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ANBT) que cuida da acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, visando maior facilidade a locomoção de deficientes como elevadores e ônibus adaptados.

Exemplo de Londres

Em Londres, as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2012 foram exemplo de acessibilidade. Desde o início das obras, as plantas de edifícios novos que não estivessem de acordo com as normas inclusivas não eram autorizadas. A ideia é garantir acessibilidade ao deficiente sem separá-lo por portas laterais ou rampas, mas permitindo sua locomoção pelos mesmos lugares que todos. Os “black cabs” (táxis pretos) foram adaptados para receber deficientes e cadeirantes, inclusive com rampas de acesso para a entrada nos carros. Além disso, as calçadas são niveladas para cadeirantes e com rampas nos pontos de cruzamento. Por fim, a cidade é um modelo a ser seguido pelo Brasil pela infraestrutura e no respeito aos deficientes.