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Este blog tem o objetivo de publicar a produção de textos dos alunos das turmas de Laboratório de Jornalismo Impresso, PUC-Rio, 2012.2.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cadeiras (quase) cativas

Camila Chahon


Os quase cinco mil proprietários das cadeiras cativas do estádio do Maracanã perderam a exclusividade durante os jogos Olímpicos de 2016. Após meses de discussão, a FIFA deu a resposta que os proprietários das perpétuas buscam desde o fechamento do estádio: os direitos de propriedade não valerão nem para a Copa do Mundo de 2014 nem para as Olimpíadas de 2016.

Um contrato assinado entre o Comitê Organizador Local e a FIFA estipula que o Maracanã tem que ser entregue aos organizadores do evento sem qualquer direito a terceiros durante as competições, ou seja, nada de cadeiras cativas. Nos jogos Pan-Americanos de 2007, as cadeiras cativas foram cedidas para as autoridades do Comitê Olímpico Brasileiro – COB – e do Comitê Internacional – COI – e seus proprietários, realocados. No lugar da sombra, o sol escaldante do Rio de Janeiro.

Como a demanda para o Pan-Americano era menor, os problemas também foram menores. Já no caso das Olimpíadas de 2016, o governo do Rio terá maiores complicações para garantir que os proprietários das cadeiras cativas tenham assento, independente da localização. 

As cadeiras cativas surgiram em 1947, junto do projeto do estádio do Maracanã para a Copa de 1950. Com o objetivo de complementar o orçamento da construção do estádio, mais de 30 mil cadeiras foram postas à venda. Com a aproximação de grandes eventos a serem realizados na cidade do Rio de Janeiro, uma cadeira que antes custava R$ 20 mil reais hoje já passa de R$ 150 mil mesmo que elas não possam ser usadas durante o a Copa do Mundo e as Olimpíadas .