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Este blog tem o objetivo de publicar a produção de textos dos alunos das turmas de Laboratório de Jornalismo Impresso, PUC-Rio, 2012.2.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Rio contra o doping

Camila Chahon

Fonte: Terra 
Os Jogos de Olímpicos de Londres ganharam o maior laboratório antidoping da história das olimpíadas. A empresa farmacêutica GlaxoSmithKline PLC, que patrocinou o laboratório de XXX, tamanho equivalente a de sete quadras de tênis, investiu cerca de US$ 31 milhões. Nele, mais de mil pessoas trabalharam em turnos de maneira que exames fossem feitos durantes 24 horas.

O Rio de Janeiro, próxima cidade a sediar os jogos, não tem nenhum laboratório com estrutura suficiente para realizar mais de cinco mil exames antidoping durante as competições. A criação, ano passado, da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), como órgão do Ministério do Esporte, é parte do compromisso assumido durante a candidatura do Rio para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O único laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, sigla em inglês), o Ladetec, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já passa passar por reformas para ser ampliado e receber novos equipamentos.

Essa modernização do Ladetec não apenas vai ser um legado deixado pelos jogos, mas devolverá a credibilidade tirada. Em maio de 2011, o jogador de vôlei de praia Pedro Soldberg foi pego pelo uso de esteroides e a Federação Internacional de Vôlei o suspendeu. Amostras de urina e sangue foram enviadas para a Alemanha e novos exames foram realizados. O exame não acusou nada, apenas o fato de que Pedro não tinha ingerido nenhuma substância ilegal.

Doping é o uso de qualquer substância que aumente o rendimento oudesempenho do atleta durante as competições. Os atletas que usam qualquer substância ilegal acabam levando certa vantagem em relação aos que não o fazem, por isso é considerado antiético e é proibido no esporte.  Em 1932, o doping começou a ser um problema, mas o controle sobre o consumo destas substâncias ilegais só começou nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México.

Com o passar do tempo, o número de atletas pegos no exame antidoping foi diminuindo. Isso mostra que o aumento da fiscalização deixou os atletas mais atentos com as substâncias utilizadas, até mesmo em produtos farmacêuticos. A atleta de salto em distância Maurren Maggi é um exemplo. Depois de uma sessão de depilação definitiva, ela passou um creme que tem em sua composição o clostebol, a primeira droga na lista de proibições. Em entrevista, Maurren disse que não sabia da presença da substância.