Na busca por alternativas para o movimentado trânsito da cidade, a Prefeitura do Rio de Janeiro pretende estimular o uso de bicicletas não só com um viés turístico, mas também como meio de transporte. No último dia 21, foi lançado o primeiro mapa cicloviário carioca, que indica o traçado de ciclovias em diversos bairros cariocas.
Inspirada em Londres,
que viu o uso de bicicletas dobrar desde que a nova política de ciclovias foi
implementada, em 2010, a medida busca incentivar um novo hábito de locomoção no
Rio e criar uma alternativa para os constantes congestionamentos da cidade. Até
2016, ano das Olimpíadas, a prefeitura tem como meta sair dos 290 km de ciclovia atuais e chegar a
450 km, superando até mesmo Amsterdã, a
'capital' ciclística, com seus 400 km
Além
do mapa e das novas ciclovias, a Prefeitura também pretende ampliar o Bike
Rio, que atualmente conta com 580 bicicletas
espalhadas por 58 pontos na capital e já alcançou a marca de 1 milhão de
viagens. O atual sistema já enfrenta problemas para atender à crescente demanda
pelo serviço e deve receber novas estações até o fim de 2013.
Apesar de diversas ações e da
vontade de incluir as bicicletas na rotina carioca, muitos pontos da cidade não
apresentam estrutura suficiente para comportar um sistema de ciclismo,
principalmente no que se diz respeito à sinalização. O movimento Bicletada
Rio chama a atenção para a imprudência e falta de
respeito dos motoristas com os ciclistas, que acaba resultando em acidentes de
trânsito. Como forma de tentar prevenir novos casos, o movimento Conviva
mantém em seu site informações a respeito de como se locomover com segurança
nas ruas das grandes cidades.
O candidato a vereador Professor
Washington Reis atenta para outro problema comum do Rio de Janeiro: a
falta de bicicletários.
Segundo ele, o anúncio da prefeitura em ampliar as ciclovias é bem vindo,
contanto que a cidade esteja apta para comportar a quantidade de ciclistas que
é esperado na utilização da via. Para o também candidato a vereador Carlos
Pedala, que baseia toda sua candidatura no apoio ao ciclismo, as bicicletas
devem fazer parte do cotidiano da cidade. Ele reforça o argumento de que é um
meio de transporte barato, ecologicamente correto e democrático.