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Este blog tem o objetivo de publicar a produção de textos dos alunos das turmas de Laboratório de Jornalismo Impresso, PUC-Rio, 2012.2.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Treinamento de segurança pública

Raffaela Cardoso


Os agente de segurança pública nacional em treinamento,
ao todo serão 37 disciplinas teóricas e contingência de ações.
Fonte da foto????
Faltam  quatro anos para as olimpíadas ,  e o Rio ainda sofre constantemente com sua guerrilha urbana. Todos os dias observa-se nas manchetes dos jornais algum confronto,  assaltos, tiroteios ou algum relato de acontecimento deste gênero com mortes, tiroteios e perseguição.  

O governo do estado iniciou  seu plano de ação e combate a esse retrato com implantação de UPPs  (Unidade de Polícia Pacificadora) , a tomada de morros que eram os principais focos e centros de tráfico de drogas, e introduziu  novas abordagens para essa triste violência carioca que choca o mundo.

Com a autorização e financiamento  do COI tem como projeto o investimento de 471 milhões  em Segurança Pública: A contratação de 31 mil novos policiais, treinamentos diferenciados e específicos  e uma nova forma de abordagem e tratamento direto com o cidadão

Um dos fatos marcantes das Olimpíadas de Londres mas que não chocava os turistas brasileiros era a presença 24 horas  de policiais armados. Policiais e seguranças armados nas ruas é parte da rotina no Brasil. Em Londres, a maior parte dos policiais não carrega armas de fogo. O simples fato de haver policiais armados no aeroporto de Heathrow e em instalações olímpicas foi motivo de críticas por parte da imprensa inglesa. Cena que já havia sido repetida e altamente criticada quatro anos antes, a presença  também ostensiva de militares no Parque Olímpico de Pequim, em 2008.

A polícia inglesa está longe da perfeição para os padrões mundiais aceitos. Basta lembrar o caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto em 2005 em uma operação equivocada da Scotland Yard. No ano passado, a morte de um homem pela polícia no norte de Londres foi o estopim para tumultos em toda a cidade. Mas as notícias que chegam do Brasil sobre abusos e equívocos policiais – e sobre tudo os que sequer viram notícia – não nos deixam em condição muito confortável para julgar a competência dos ingleses. Mas em contraponto  o que chamava atenção na capital inglesa  era a maneira como a relação entre os policiais e a população se dá em um nível bem mais cordial, sem a mesma conotação autoritária. Os britânicos e turistas em geral não temiam ou evitavam os policiais, sabiam que eles podiam contar com eles para pedir ajuda ou informação sem medo. Alguns turistas até  pediam para tirar fotos com os policiais.

Os agentes de segurança pública nacional estão sendotreinados e capacitados por policiais norte-americanos para garantir asegurança das Olimpíadas de 2016. As capacitações são resultado de uma parceria entre o Ministério da Justiça e o governo dos Estados Unidos e abordam  diferentes áreas, como gestão de segurança em grandes eventos, sistema de comando de incidentes, gestão em controle de fronteiras, operações táticas. Ao todo serão  37 disciplinas teóricas e planos de contingência e ações.

Além disso,  no Rio de janeiro , alunos e agentes da  polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal,Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal participam do Curso de Capacitação deOperadores em Segurança de Grandes Eventos e Segurança Turística (COGEST), Com o mesmo objetivo de simular situações de  emergência que podem vir acontecer durantes  grandes eventos esportivos e solenidades.  Os primeiros cursos tiveram como enfoque a segurança de autoridades e os riscos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares e também foi feito por policiais da capital do país. No total,  estão sendo treinados policiais federais, civis e militares, guarda municipais e agentes dos bombeiros  de 12 estados, que também participarão da Copa do Mundo em 2014.

 Nos Jogos do Rio 2016, os policiais terão a importante função de garantir a segurança. Mas é preciso ter em conta que eles também serão vistos pelos turistas como uma referência segura  e que precisam ser capacitados e treinados para isso.

Por Raffaela Cardoso