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Este blog tem o objetivo de publicar a produção de textos dos alunos das turmas de Laboratório de Jornalismo Impresso, PUC-Rio, 2012.2.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Gávea terá estação de metrô em dois níveis

Nina Lua 


Foto: Metrô Rio/Divulgação
“O que não queremos é aceitar que vinte dias de Olimpíadas de 2016 sejam mais importantes do que o futuro do metrô do Rio”. A frase publicada no site do Movimento Metrô que o Rio Precisa exprime as divergências que cercam a construção da Linha 4. A expansão do sistema metroviário é uma das melhorias no transporte previstas para os jogos olímpicos de 2016, com a construção de seis estações: Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Leblon, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz. A nova linha pretende transportar mais de 300 mil pessoas diariamente, segundo dados do governo do estado, e pode vir a significar menos dois mil carros por dia nas ruas, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas. No entanto, seu traçado ainda é motivo de discussões.

A estação da Gávea é uma das principais fontes de debates. A previsão da FGV é de que, desde o primeiro ano de uso, ela receba cerca de 20 mil passageiros por dia. Por isso, associações de moradores e governo estadual negociaram a construção da estação em dois níveis, o que possibilita a ligação da Gávea tanto a Ipanema quanto ao Jardim Botânico. A construção de apenas um nível significaria a interdição da estação alguns anos após ela ser inaugurada, quando as obras para ligá-la a Jardim Botânico e Botafogo, previstas para depois dos jogos olímpicos, fossem iniciadas. Em 25 de junho, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), acatou os protestos de moradores e aprovou a instalação de dois pavimentos na Gávea. O começo das obras é previsto para o próximo semestre.

A ligação entre Jardim Oceânico e Alvorada, estação inicialmente prevista no estudo da FGV, será feita, por enquanto, através do BRT, projeto da prefeitura para o transporte na zona oeste. O Movimento Metrô que o Rio Precisa defende que o traçado atual da Linha 4 na Barra da Tijuca não pode ser justificado pelo ponto de vista econômico. Segundo seus representantes, para evitar que o grande volume de usuários da Barra, do Recreio e de Jacarepaguá tenha que fazer baldeações intermodais, o metrô deve cobrir o trecho de seis quilômetros entre Jardim Oceânico e Alvorada. A alegação do Movimento é de que o custo menor de implantação do BRT não é suficiente para explicar os transtornos da população no futuro.