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Este blog tem o objetivo de publicar a produção de textos dos alunos das turmas de Laboratório de Jornalismo Impresso, PUC-Rio, 2012.2.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Judocas olímpicos e paralímpicos querem se unir


Ligia Lopes

Entre as Olimpíadas e Paralimpíadas de Pequim, em 2008, e os jogos de Londres, este ano, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) dobrou os investimentos da modalidade do esporte no país: de R$ 76 milhões para R$ 165 milhões. Para 2016, quando os jogos vão ocorrer no Rio, o Comitê pretende atrair investimentos principalmente na área da acessibilidade, com a meta de bater o recorde de medalhas dos jogos de Londres e alcançar a quinta posição no quadro de esportes paralímpicos. Também pensando nisso, foi inaugurado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o Plano Brasil Medalhas, que deve investir mais R$ 1 bilhão a fim de levar o país aos melhores colocados no ranking de medalhas de 2016 – entre os 10 primeiros nas Olimpíadas e entre os cinco primeiros nas Paralimpíadas.

O judô é a única arte marcial integrante do programa paralímpico e é praticado por pessoas com deficiência visual. Apesar do masculino fazer parte dos jogos desde 1988, as mulheres só começaram a integrar a modalidade em 2004, em Atenas.

Dirigentes da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) tentam aproximar o judô olímpico do paraolímpico aproveitando, inclusive, patrocínios em comum, como o da Infraero, para aumentar a importância do esporte para o Rio 2016, já que as duas modalidades têm a mesma importância para o esporte nacional. O judô conquistou quatro medalhas para o Brasil nas Olimpíadas e mais quatro nas Paralimpíadas de Londres.

Em entrevista à BBC, o presidente do CPB, Andrew Parsons, disse esperar que a parceria entre o Comitê e as três esferas do governo continue. Lembrou, ainda, que os principais patrocinadores das Olimpíadas de 2016 manifestaram interesse em investir também nas Paralimpíadas. No entanto, o dirigente é contra a ideia de que os jogos Olímpicos e Paralímpicos se unam em um único evento, sendo melhor ter os próprios jogos do que ser uma parte menor de outra competição.