Georgia Gomide
O campo será construído às margens da Lagoa do Marapendi, na Barra da Tijuca, e contará com um setor responsável pela vegetação da área. O terreno, de 950 mil metros quadrados, que atualmente conta com uma extensa área em degradação, será integrado à Àrea de Proteção Ambiental (APA) do Parque Municipal Ecológico do Marapendi e terá toda sua vegetação restaurada.
O golfe voltará a ser uma modalidade Olímpica em 2016, após 112 anos ausente da competição. O esporte integrou o programa olímpico pela última vez nos Jogos de 1904 na cidade americana de Saint Louis, quando contou apenas com dois países participantes, E.U.A. e Canadá. A outra única participação da modalidade foi em Paris em 1900.
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Projeto vencedor Foto: Divulgação IAB |
O custo da obra, que ainda não foi divulgado, será pago pelo empresário Pasquale Mauro e a construtora Cyrella, os donos do terreno. Já a execução do projeto será atribuição do escritório americano Gil Hanse Golf Course Design, escolhida em março pelo comitê da Rio 2016. Segundo um dos autores do projeto, Pedro Évora, a obra levará cerca de oito meses para ser concluída e deverá ser iniciada em no máximo três meses.
Apesar de todas as boas notícias envolvendo o golfe como esporte Olímpico existem ainda questões pendentes na Justiça. Desde 2009, o terreno onde será construído o campo é alvo de uma disputa judicial entre o empresário Pasquale Mauro e a empresa Elmway Participações, que alega ter uma participação de R$10 milhões no valor do terreno.
Outra questão que deve enfrentar barreiras na Justiça é o fato de membro licenciados da direção do IAB terem sido autorizados a participar do concurso. Esse problema já apareceu na licitação para as obras do Porto Olímpico. Em maio, a Justiça concedeu liminar ao Ministério Público Estadual obrigando a prefeitura do Rio a anular o concurso para o projeto, vencido por um membro do conselho deliberativo do IAB-RJ (Instituto dos Arquitetos do Brasil), um dos responsáveis pela licitação.