Camila Chahon
Os Jogos de Olímpicos de Londres
ganharam o maior laboratório antidoping da história das olimpíadas. A empresa
farmacêutica GlaxoSmithKline PLC, que patrocinou
o laboratório de XXX, tamanho equivalente a de sete quadras de tênis, investiu
cerca de US$ 31 milhões. Nele, mais de mil pessoas trabalharam em turnos de
maneira que exames fossem feitos durantes 24 horas.
![]() |
Fonte: Terra |
O Rio de Janeiro, próxima cidade
a sediar os jogos, não tem nenhum laboratório com estrutura suficiente para
realizar mais de cinco mil exames antidoping durante as competições. A criação,
ano passado, da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem
(ABCD), como órgão do Ministério do Esporte, é parte do compromisso assumido
durante a candidatura do Rio para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O
único laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, sigla em
inglês), o Ladetec, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já passa passar
por reformas para ser ampliado e receber novos equipamentos.
Essa modernização do Ladetec não
apenas vai ser um legado deixado pelos jogos, mas devolverá a credibilidade
tirada. Em maio de 2011, o jogador de vôlei de praia Pedro Soldberg foi pego
pelo uso de esteroides e a Federação Internacional de Vôlei o suspendeu. Amostras
de urina e sangue foram enviadas para a Alemanha e novos exames foram
realizados. O exame não acusou nada, apenas o fato de que Pedro não tinha
ingerido nenhuma substância ilegal.
Doping é o uso de qualquer substância que aumente o rendimento oudesempenho do atleta durante as competições. Os atletas que usam qualquer
substância ilegal acabam levando certa vantagem em relação aos que não o fazem,
por isso é considerado antiético e é proibido no esporte. Em 1932, o doping começou a ser um problema,
mas o controle sobre o consumo destas substâncias ilegais só começou nos Jogos
Olímpicos de 1968, na Cidade do México.
Com o passar do tempo, o número
de atletas pegos no exame antidoping foi diminuindo. Isso mostra que o aumento
da fiscalização deixou os atletas mais atentos com as substâncias utilizadas,
até mesmo em produtos farmacêuticos. A atleta de salto em distância Maurren Maggi é um exemplo. Depois de uma sessão de
depilação definitiva, ela passou um creme que tem em sua composição o
clostebol, a primeira droga na lista de proibições. Em entrevista, Maurren
disse que não sabia da presença da substância.